STF inicia hoje julgamento do grupo acusado de planejar minuta do golpe

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta terça-feira (9) o último núcleo das ações penais sobre tentativa de golpe de Estado. 

O chamado “núcleo 2” foi classificado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) como os responsáveis pelo “gerenciamento de ações” da organização criminosa. 

De acordo com a acusação, os integrantes do grupo atuaram na elaboração da “minuta do golpe” – um documento que previa a implementação de medidas de exceção para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder mesmo após a derrota nas urnas.  

O grupo também teria participado da elaboração de planos para assassinato de autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vide Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

Outra atribuição do núcleo 2 teria sido a utilização da estrutura da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no segundo turno das eleições de 2022, para dificultar o deslocamento de eleitores favoráveis a Lula até os locais de votação.  

Nesta terça, o julgamento começará com a leitura do relatório do caso pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o relator da ação.  

Em seguida, a PGR lê seu parecer e se manifesta pela condenação ou absolvição dos réus.  

Nas alegações finais entregues ao STF, o procurador-geral da República pediu a condenação dos seis réus do núcleo 2 por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. 

Após a PGR, que tem até 2 horas de fala, falarão os advogados dos réus. Cada um tem até uma hora para a sustentação oral, momento no qual questionam as alegações da PGR e apresentam provas da inocência de seus clientes.  

Somente depois os ministros votam, começando por Alexandre de Moraes. Além do relator, a Primeira Turma é hoje composta por Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. 

O núcleo 2 é formado por: 

  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal); 
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro; 
  • Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF (Polícia Federal) e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça; 
  • Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça e ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF; 
  • Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência; 
  • Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência da República. 

Leia mais

Política
Lula sanciona lei que eleva para até 40 anos a pena por estupro de vulneráveis
Esportes
Fonseca encanta torcida, mas Alcaraz confirma favoritismo e vence exibição em Miami
Variedades
Real Time Big Data: Michelle e Ibaneis lideram corrida ao Senado pelo DF
Variedades
Real Time: Rayssa Furlan e Randolfe lideram corrida ao Senado pelo AP
Variedades
Reunião de Flávio com presidentes de PP e União termina sem apoio definido
Variedades
Bola de Prata e Prêmio Brasileirão divergem sobre seleção; veja diferenças

Mais lidas hoje