Uma câmera de segurança registrou os instantes antes e depois da agressão sofrida por Alícia Valentina, de 11 anos, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco.
A menina, espancada por colegas dentro de um banheiro da Escola Municipal Tia Zita, morreu dias depois no Hospital da Restauração, no Recife, em consequência de traumatismo cranioencefálico.
As imagens mostram a estudante caminhando pelo pátio em direção ao banheiro, onde já havia um grupo de adolescentes. Pouco depois, Alícia aparece saindo do local, com sangramento visível e a mão no ouvido. Ela procura ajuda de uma funcionária da escola.
De acordo com a polícia, colegas, da mesma faixa etária da vítima, participaram da agressão. O ataque pode ter sido motivado porque Alícia se recusou a ter relacionamento com um dos agressores.
Veja abaixo:
O atestado de óbito confirma que a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico provocado por objeto contundente. A Polícia Civil investiga as circunstâncias da agressão e a participação de cada envolvido.
A criança foi agredida na quarta-feira (3). Funcionários da escola levaram a menina para o hospital do município, mas a família afirma que a paciente foi liberada. Em casa, horas depois, Alícia apresentou novos sangramentos no nariz e no ouvido.
A gorata foi levada ao posto de saúde e, mais uma vez, teria sido liberada. No dia seguinte, quinta-feira (4), o estado de saúde piorou, a menina vomitou sangue, foi atendida no hospital de Belém do São Francisco, transferida para unidade de saúde da cidade de Salgueiro e encaminhada para o Hospital da Restauração, no Recife, onde teve a morte encefálica confirmada pela equipe médica.
O município afirmou que prestou assistência à família desde o início do caso e negou omissão ou negligência nos atendimentos de saúde.
Segundo a nota, a menina foi levada para casa pela mãe sem autorização médica após ser atendida no hospital municipal. A gestão municipal informou ainda que as circunstâncias da morte estão sob investigação das autoridades competentes e manifestou solidariedade à família, amigos e comunidade escolar.
A família da adolescente negou ter retirado Alícia Valetina do hospital e disse que a paciente havia sido liberada pelas equipes das duas unidades de saúde.