Transição energética com impacto social

A transição energética é, ao mesmo tempo, um desafio global e uma oportunidade histórica. Empresas que atuam em setores estratégicos, como o do alumínio, precisam avançar em soluções sustentáveis sem deixar ninguém para trás. No Pará, a Hydro mostra que esse caminho é possível quando a inovação tecnológica anda de mãos dadas com o desenvolvimento social.

Mais do que reduzir emissões e ampliar o uso de energias renováveis, a companhia entende que a transformação só se sustenta quando beneficia também quem vive no entorno de suas operações. É por isso que a Hydro faz questão de valorizar a força coletiva paraense e apoiar trajetórias inspiradoras, como a de Abilene Pereira, criadora da marca Chocolates Vovó Bel, e de Esmeralda Cardoso, à frente da Naturart. Ambas são exemplos de mulheres que transformaram saberes locais em negócios sustentáveis, apoiadas por iniciativas fomentadas pelo Fundo Hydro.

Energia limpa, comunidade fortalecida

No município de Barcarena, onde está uma das maiores operações da empresa no Brasil, a transição energética vem acompanhada de projetos sociais que fortalecem o empreendedorismo, a educação e a geração de renda. O Fundo Hydro  uma organização sem fins lucrativos — já destinou recursos a iniciativas de impacto social, sempre com foco na participação comunitária e na valorização da cultura local. Em dez anos, o compromisso é ainda maior: investir até R$ 100 milhões para potencializar projetos realizados pela e para a comunidade, a partir das principais demandas dos territórios, definidas em processos de ampla e transparente participação social.

Esse compromisso vai além da retórica. Cada iniciativa apoiada se conecta à ideia de que ser um bom vizinho significa caminhar junto, escutando demandas, criando soluções coletivas e fortalecendo vínculos de longo prazo. É um modelo que entende a sustentabilidade não apenas como meta ambiental, mas também como justiça social.

Empreendedorismo que transforma

Um exemplo desse impacto é a história de Abilene Pereira, idealizadora da marca Chocolates Vovó Bel. Apaixonada pelo cacau cultivado na região, ela transformou receitas familiares em um negócio que valoriza a agricultura local e gera renda para outras mulheres.

“Esse trabalho com o cacau vem dos meus ancestrais. Passou pela minha mãe e hoje eu sigo dando continuidade a esse legado. É uma forma de honrar nossa história e transformar em oportunidade para outras pessoas”, conta Abilene.

Em 2021, ela apresentou um projeto para o Tipitix, iniciativa do Fundo Hydro e da Fundação Mitsui Bussan do Brasil voltada ao empreendedorismo agroalimentar comunitário. Com apoio técnico em áreas como tecnologia de alimentos, contabilidade, marketing e comercialização, ela pôde aprimorar seus produtos e inovar.

“Recebi apoio para o design da embalagem, da primeira barrinha de 50 g de chocolate 60%. Depois apresentei um novo produto, que são as cápsulas de chocolate com recheio de cappuccino. Também tive a oportunidade de fazer um curso de chocolate. Hoje eu posso dizer que sou uma chocolateira por formação, porque conquistei isso através do projeto. Isso só me traz alegria. Meus produtos melhoraram, passei a vender mais e tudo começou a fluir melhor”, celebra Abilene.

Outro caso inspirador é o de Esmeralda Cardoso, fundadora da Naturart, associação que une arte, reciclagem e sustentabilidade. O projeto cria oportunidades para jovens e mulheres empreendedoras de Barcarena, transformando resíduos em peças de valor cultural e comercial.

“O apoio que recebemos foi transformador. Abriu caminhos e me deu confiança para acreditar que o que produzimos tem valor. Hoje consigo gerar renda e ainda mostrar para os jovens daqui que é possível empreender com criatividade e sustentabilidade”, afirma.

A produção, feita a partir da biodiversidade amazônica, reforça o elo entre cultura e natureza.

“A gente já sabia fazer, então por isso o projeto ficou com o nome Arte do Saber. Fizemos um projeto para 50 mulheres com produção de biojoias em sementes amazônicas. Usamos sementes de açaí, murumuru, miriti, jupati, tucumã e muruci, todas da nossa região”, detalha Esmeralda.

O impacto não se limita ao aumento da renda familiar. A iniciativa acelera a economia local e contribui para elevar a autoconfiança e a autoestima das mulheres, que passam a se enxergar como protagonistas do desenvolvimento da região.

“Já produzimos peças especiais que chegaram até a Fafá de Belém e até participantes do Big Brother. Foi um marco para nós, porque mostrou que as sementes da Amazônia podem ganhar o mundo”, completa Esmeralda.

Essas trajetórias revelam o poder das parcerias locais: quando a comunidade é protagonista, as mudanças se tornam duradouras.

O papel de ser um “bom vizinho”

Para a Hydro, ser um “bom vizinho” significa escutar, dialogar e compartilhar responsabilidades. Por isso, antes de implementar novos projetos, a empresa mantém canais de diálogo permanente com lideranças comunitárias e instituições locais. Essa proximidade garante que cada ação seja construída de forma coletiva, respeitando as especificidades culturais e sociais da região.

Em Barcarena, isso se traduz em programas de capacitação, oficinas de formação para jovens e apoio a empreendimentos liderados por mulheres. A lógica é simples, mas poderosa: fortalecer quem já está no território, ampliando horizontes e multiplicando oportunidades.

O desafio de enfrentar as mudanças climáticas é urgente. Mas a Hydro demonstra que é possível avançar na transição energética com responsabilidade social, conciliando a meta de reduzir emissões com a missão de promover inclusão.

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