Soja Baixo Carbono: Embrapa lidera revolução sustentável rumo à agricultura de emissão zero

O Programa Soja Baixo Carbono, desenvolvido pela Embrapa, tem como objetivo reconhecer e certificar produtores que adotam práticas sustentáveis capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar o sequestro de carbono no solo. A iniciativa foi um dos destaques do painel “Agropecuária de Baixo Carbono” no Fórum Planeta Campo, realizado nesta terça-feira (11), durante a COP30, em Belém (PA).

  • Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link! 🌱

O encontro discutiu o papel da agropecuária brasileira na transição climática e reuniu representantes da Embrapa Soja, UPL, FGV, Grupo Roncador e Portos do Paraná, reforçando a integração entre ciência, políticas públicas e práticas produtivas sustentáveis.

Soja Baixo Carbono: o papel da Embrapa

A chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja, Roberta Carnevalli, apresentou o Programa Soja Baixo Carbono (SBC). “A Embrapa desenvolve protocolos baseados na análise de ciclo de vida, que mensura as emissões e as aloca entre diferentes culturas. Cada setor pode usar esses resultados e recompensar formalmente o produtor”, explicou.

Segundo Carnevalli, a certificação pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 30%. Considerando o carbono removido do solo, a redução chega a 60%. A iniciativa contempla sistemas produtivos que combinam soja com outras culturas em sucessão ou rotação, como trigo, milho, milheto, pastagens e plantas de cobertura, incluindo crotalárias, guandu, estilosantes, braquiária ruziziensis, gergelim, algodão, arroz, caupi e nabo forrageiro.

Carina Rufino, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Soja, destacou a importância do programa no contexto da transição climática. “O Brasil está avançando fortemente na agenda de soluções climáticas e segurança alimentar. O Programa Soja Baixo Carbono desenvolve um protocolo de certificação voluntária que valoriza a soja produzida em sistemas mais resilientes e de baixa emissão de gases de efeito estufa”, afirmou.

Setor engajado

O Programa Soja Baixo Carbono adota um modelo de inovação setorial e conta com o apoio de sete empresas parceiras: Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM e UPL. As organizações colaboram com a Embrapa no desenvolvimento e validação das práticas voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e ao fortalecimento da sustentabilidade na produção de soja.

O gerente de Programas Sustentáveis da UPL, Rogério Melo, reforçou, durante o painel, o compromisso da empresa com a sustentabilidade e com o programa Soja Baixo Carbono. “A UPL busca reimaginar a sustentabilidade nas cadeias agroalimentares. Vamos realizar mil inventários de carbono e mil diagnósticos ambientais para mostrar que, da porteira pra dentro, a agricultura brasileira é a mais eficiente e sustentável”, afirmou.

Segundo ele, o compromisso com a descarbonização deve alcançar todos os perfis de produtores, incluindo pequenos e microprodutores, a partir de uma visão cooperativa e colaborativa entre ciência, empresas e campo.

Leia mais

Variedades
Número “mágico”, 45 pontos pode não ser suficiente para escapar do Z4
Variedades
Soldado que confessou feminicídio era de unidade da guarda presidencial
Variedades
Demanda por IA pode elevar preços de smartphones em 2026
Agronegócio
Nelore Fest 2025: evento da ACNB consagra Giro do Boi com prêmio máximo da pecuária
Agronegócio
Arroba do boi gordo deve ter novas altas graças aos EUA e à demanda interna
Variedades
DF: Justiça converte em preventiva prisão de soldado acusado de matar cabo

Mais lidas hoje