Rússia classifica Pussy Riot como ‘organização extremista’

A Justiça russa designou o grupo punk dissidente Pussy Riot como uma “organização extremista” nesta segunda-feira (15) e proibiu “suas atividades na Federação da Rússia”, anunciou um tribunal de Moscou no Telegram. O coletivo feminista se opõe a Vladimir Putin há anos por meio de obras artísticas impactantes. Ganhou notoriedade em particular em 2012 com uma “oração punk” que pedia à Virgem Maria que “expulsasse” o presidente russo, cantada na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou.

A decisão do tribunal já era esperada pelas integrantes do grupo. “Esses idiotas estão trabalhando nisso há anos, pelo menos desde 2012”, escreveu Nadya Tolokonnikova em uma mensagem publicada no domingo na conta do grupo no X, acompanhada de um trecho de uma entrevista concedida em 2012 de uma colônia penitenciária para onde foi enviada após participar da “oração punk”.

“A lei foi criada para apagar o Pussy Riot da memória dos cidadãos russos”, declarou o grupo em sua página no Facebook no início de dezembro, antes da decisão judicial. Suas integrantes, muitas das quais foram condenadas à prisão por seu ativismo e agora vivem exiladas, também se opõem à ofensiva russa contra a Ucrânia.

O grupo agora se junta à Fundação Anticorrupção do falecido líder da oposição Alexei Navalny, à empresa Meta e ao “movimento internacional LGBTQIA+” na lista russa de “terroristas e extremistas”. Essa designação permite a mobilização de um amplo arsenal jurídico para silenciar qualquer crítica ao governo russo.

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