Reuters remove vídeo de Xi e Putin após exigência de estatal chinesa

A Reuters News retirou do ar nesta sexta-feira (5) um vídeo de quatro minutos que continha uma conversa entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, discutindo a possibilidade de os seres humanos viverem até os 150 anos de idade.

A medida acontece após a TV estatal chinesa exigir sua remoção e revogar a permissão legal para usá-lo.

A filmagem, que incluía a conversa com microfones abertos durante o desfile militar em Pequim marcando o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, foi licenciada pela rede de televisão estatal chinesa, a China Central Television (CCTV).

Os clipes foram editados pela Reuters em um vídeo de quatro minutos e distribuídos para mais de mil clientes de mídia global, incluindo as principais emissoras internacionais de notícias e estações de TV em todo o mundo.

Outras agências de notícias licenciadas pela CCTV também distribuíram edições das filmagens.

A Reuters removeu o vídeo de seu site e emitiu uma ordem de “eliminação” para seus clientes nesta sexta-feira, após receber uma solicitação por escrito do setor jurídico da CCTV.

A carta dizia que a agência de notícias excedeu os termos de uso de seu acordo. O documento também criticou o “tratamento editorial aplicado a esse material” pela Reuters, mas não especificou ou trouxe detalhes.

A Reuters disse em um comunicado que retirou os vídeos porque não tinha mais a permissão legal para publicar o material, protegido por direitos autorais.

Representantes da CCTV e do braço global da CCTV, a China Global Television Network, não responderam imediatamente a um pedido de comentário. A embaixada chinesa em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O vídeo e a história da conversa entre Xi e Putin foram amplamente compartilhados por emissoras e nas mídias sociais em todo o mundo.

“O tratamento editorial aplicado a esse material resultou em uma clara deturpação dos fatos e declarações contidos no feed licenciado”, escreveu HE Danning, supervisor jurídico da CCTV News Agency, na carta enviada à Reuters.

“Mantemos a precisão do que publicamos”, disse a Reuters em seu comunicado acrescentando “Revisamos cuidadosamente as imagens publicadas e não encontramos nenhuma razão para acreditar que o compromisso de longa data da Reuters com o jornalismo preciso e imparcial tenha sido comprometido.”

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