Com apenas 17 anos, Rayssa Leal faturou o tetracampeonato do Supercrown, final do circuito mundial SLS de skate street. Além da brasileira, quatro atletas japonesas foram à final. A australiana Chloe Covell também esteve na decisão.
A Fadinha, como Rayssa é conhecida, abriu os trabalhos em São Paulo com nota 8.3. Na sequência, fez 7.5, seguindo na ponta. Depois, com 8.7 e 8.1, a brasileira continuou liderando. Na última volta, depois de ver as rivais caírem, Rayssa fechou com 8.7.
“Não tenho palavras para expressar meus sentimentos. Em Paris, não passei para a final. Era a meta do ano. Estou feliz. É algo sobrenatural”, disse a jovem de 17 anos.
A dona de 26 vitórias internacionais revelou que disputou a final com uma proteção no joelho. “Caí, bati a cabeça e virei um pouco o joelho no treino. Acordei melhor e estava feliz de competir, mesmo um pouco machucada. Nada muito preocupante”, afirmou Rayssa Leal ao canal SporTV.
Sentindo-se em casa diante de um público de dez mil pessoas, a maranhense ampliou sua lista de conquistas. Ela é vice-campeã olímpica nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, e bronze nos Jogos de Paris-2024. Também foi campeã mundial no World Skate Games de 2022 e 2024.
Rayssa liderou a final desde a fase inicial, quando cada atleta dá duas voltas de 45 segundos. Depois de uma volta que alcançou 8,3, a brasileira assumiu a ponta ao superar a australiana Chloe Covell por um décimo. A liderança deu tranquilidade para a única representante do Brasil na fase decisiva, quando as atletas tentam cinco tentativas de manobras individuais.
Na etapa final, Rayssa foi perfeita logo na primeira manobra e manteve a liderança depois de Covell ter errado suas primeiras tentativas. A australiana começou a se recuperar a partir da terceira manobra, quando alcançou 8,8. Antes de sua última manobra, Rayssa já tinha o título assegurado.
As quatro japonesas que completaram a final tiveram dificuldade no início e só começaram a pressionar com manobras sem erros na fase final. Mas não conseguiram tirar a diferença para Rayssa. A primeira a se recuperar foi Liz Akama, que conseguiu 8,0 em sua segunda tentativa. Yumeka Oda, campeã do mundo, conseguiu uma nota 9,0.
A japonesa Coco Yoshizawa, atual campeã olímpica e que havia se classificado em primeiro lugar nas classificatórias, teve quedas em suas duas primeiras voltas e não conseguiu se recuperar, abrindo caminho para o quarto título mundial de Rayssa Leal no skate.
*Com Agências

