A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (25) que Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como “Jaguar”, foi um dos atiradores responsáveis pela morte do ex-delegado Rui Ferraz Fontes, executado na segunda-feira (15) em Praia Grande, no litoral paulista.
Segundo o secretário Guilherme Derrite, além de informações de depoimentos, dados extraídos do celular de Luiz, o “Fofão”, preso na investigação, apontaram que ele ajudou Jaguar na fuga após o crime. “O atirador que a gente pode cravar é o Jaguar, que já está preso”, afirmou Derrite em coletiva de imprensa.
Ruy Ferraz era jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) desde 2006, após ter indiciado a cúpula da facção, incluindo Marcola. Até agora, oito mandados de prisão foram expedidos, e quatro pessoas estão presas sob suspeita de participação no homicídio.
Grupo de elite do PCC
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta sexta-feira (26) que o Primeiro Comando da Capital (PCC) criou um grupo de elite chamado Restrita Tática, formado por criminosos treinados para realizar atentados contra autoridades.
Segundo ele, esses integrantes passam por instruções específicas de uso de diferentes armamentos e já foram alvos de operações anteriores da polícia.
Derrite destacou que a morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrida na segunda-feira (15) em Praia Grande, pode ter ligação com esse setor do crime organizado. “É por isso que a gente não pode subestimar a organização criminosa. Eles são extremamente perigosos”, disse.
Relembre a morte do ex-delegado
Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e então secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, foi assassinado na noite de segunda-feira (15), em uma emboscada.
O crime ocorreu após uma perseguição em alta velocidade, onde seu veículo colidiu com um ônibus na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas. Os criminosos desceram e efetuaram mais de 20 disparos de fuzil contra ele dentro do carro capotado.
Após a execução, os carros utilizados pelos criminosos, que eram roubados, foram abandonados e um deles incendiado na tentativa de apagar vestígios.
A análise inicial da ação criminosa revela um planejamento meticuloso e o conhecimento técnico dos executores, que perseguiram Fontes antes de desferir mais de 20 tiros de fuzil.