O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou uma análise preliminar sobre o apagão ocorrido no dia 14 de outubro que aponta um incêndio no reator de linha da LT 500kV Ibiúna – Bateias C2, de propriedade da Eletrobras, considerado como evento zero da ocorrência.
Em consequência do incêndio, houve atuação correta da proteção que desligou o referido circuito, seguido do desligamento incorreto do circuito C1 da mesma linha de transmissão.
Segundo o ONS, em razão do incêndio, a falta se estendeu posteriormente ao barramento da Subestação Bateias, de propriedade da Copel. A falta deveria ter sido eliminada pela atuação da proteção do barramento, o que não ocorreu, resultando em desligamentos múltiplos das linhas de transmissão conectadas na citada subestação, seguido dos desligamentos da LT 500kV Londrina – Assis e da LT 765kV Ivaiporã – Itaberá – Tijuco Preto.
Os desligamentos implicaram a desconexão do sistema elétrico da região Sul do restante do Brasil. Como a região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o restante do Sistema Interligado Nacional (SIN), houve elevação da frequência (excesso de geração) no subsistema Sul e redução da frequência (geração menor do que a carga) nos demais subsistemas.
Segundo o relatório preliminar, o problema teve início às 00h31. O restabelecimento das cargas foi iniciado às 00h35min, tendo sido finalizado às 02h15min nos subsistemas Sul, Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste.
Os agentes envolvidos na investigação realizarão uma nova reunião no dia 28 de outubro, para continuação da elaboração do Relatório de Análise de Perturbação (RAP).
Após a conclusão, o RAP será encaminhado a todos os agentes envolvidos, para o atendimento às providências estabelecidas no documento, e também para a ANEEL e para o Ministério de Minas e Energia.