O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou nas redes sociais a morte da ativista e militante Clara Charf. Viúva do guerrilheiro Carlos Marighella, Charf morreu nesta segunda-feira (3), aos 100 anos.
“Com seu falecimento, o Brasil perde uma mulher extraordinária. E eu perco uma companheira de muitas caminhadas”, escreveu o petista em seu perfil oficial no X.
Na publicação, Lula relembrou a trajetória de Charf na militância. “Clara viveu o exílio, enfrentou a ditadura e defendeu incessantemente a democracia”, declarou o chefe do Executivo.
Aos 21 anos, ela conheceu Marighella, com quem se casou. Juntos, militaram pelo comunismo nos anos após a Segunda Guerra Mundial e, depois do golpe militar de 1964, contra a ditadura.
Depois da morte do companheiro, Charf se exilou em Cuba, onde viveu durante 10 anos. Com a promulgação da Lei da Anistia em 1979, voltou ao Brasil e se filiou ao PT (Partido dos Trabalhadores).
Na sigla, integrou a Secretaria de Mulheres. Continuou militando pelos direitos das mulheres até a sua morte. Em 2003, fundou a Associação Mulheres Pela Paz, organização que ela mesma presidia.
Lula acrescentou que conviveu com Clara por mais de 40 anos e que aprendeu com a ativista sobre “política, solidariedade, resistência e humanidade”.
