La Niña vem aí? Plataforma aponta possível risco climático para a safra 25/26 de soja

A pressão da colheita norte-americana ditou o tom negativo na Bolsa de Chicago (CBOT) durante a última semana. De acordo com informações fornecidas pela plataforma Grão Direto, o relatório de Acompanhamento de Safras do USDA indicou que 5% da área de soja já foi colhida, um ritmo que supera a média histórica e sinaliza a entrada de uma volumosa oferta no mercado global.

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O cenário desanimador, somado à falta de anúncios de novas compras chinesas após uma ligação entre os presidentes dos EUA e da China, levou o contrato de novembro/25 a acumular uma desvalorização de quase 2% na semana.

A força da soja brasileira

Em forte contraste, o mercado brasileiro demonstrou notável resiliência, com os preços domésticos sustentados por prêmios de exportação em patamares elevados. Essa valorização nos portos funcionou como um escudo, protegendo as cotações internas da queda em Chicago e neutralizando a desvalorização do dólar, que fechou a semana cotado a R$ 5,32. A força dos prêmios refletiu no preço da saca no porto de Paranaguá, que encerrou a semana a R$ 140.

A principal razão para a firmeza dos prêmios brasileiros continua sendo a tensão comercial entre Estados Unidos e China, que desvia a demanda chinesa quase que exclusivamente para a América do Sul. Essa demanda concentrada é confirmada pelas projeções da ANEC, que indicam embarques para setembro entre 7,2 e 7,85 milhões de toneladas, volume muito superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, reforçando a forte procura pelo produto nacional.

O que esperar do mercado de soja?

As atenções do mercado se voltam para o início do plantio da safra 2025/26 no Brasil, que começou de forma cautelosa em estados como Paraná e Mato Grosso. O ritmo dos trabalhos de campo está diretamente dependente da chegada de chuvas mais regulares, aguardadas para as próximas semanas, e as previsões climáticas serão o principal vetor de influência no mercado, moldando as expectativas sobre o potencial da nova safra.

La Niña chegará?

Adicionando um fator de risco, a probabilidade de formação do fenômeno La Niña durante a primavera aumentou, com agências meteorológicas elevando o nível de alerta. Um La Niña, mesmo que de fraca intensidade, está associado a um padrão de chuvas mais irregular e abaixo da média para a região Sul, o que poderia comprometer o potencial produtivo em estados importantes e adicionar um prêmio de risco climático ao mercado futuro.

A agenda da semana trará dados importantes, como o novo relatório de Acompanhamento de Safra do USDA na segunda-feira, que mostrará o ritmo da colheita nos EUA. À medida que a oferta norte-americana aumenta, a janela de oportunidade para o Brasil capitalizar os atuais prêmios elevados se estreita, tornando as próximas semanas cruciais para a comercialização do restante da safra 2024/25.

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