O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,18% em novembro de 2025. O resultado, divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (10), representa uma aceleração de 0,09 ponto percentual em relação à taxa de outubro (0,09%). No acumulado do ano, a inflação soma 3,92%. Já nos últimos 12 meses, o índice atingiu 4,46%, um patamar inferior aos 4,68% registrados no período imediatamente anterior.
Dos nove grupos pesquisados, cinco apresentaram alta. Os maiores impactos vieram de Despesas Pessoais (0,77%) e Habitação (0,52%), ambos contribuindo com 0,08 p.p. cada para o índice geral.
No grupo de Despesas Pessoais, o destaque foi o subitem Hospedagem, que subiu 4,09%. O IBGE ressalta a influência atípica de Belém, onde a hospedagem disparou 178,93% devido à realização da COP30 (Conferência do Clima da ONU) na capital paraense.
Já no grupo Habitação, a pressão veio novamente da energia elétrica residencial, com alta de 1,27%. O aumento reflete a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 e reajustes em concessionárias de Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. A energia elétrica acumula alta de 15,08% em 2025, sendo o principal impacto individual na inflação do ano.
Transportes e Alimentos
O grupo Transportes subiu 0,22%, puxado pelas passagens aéreas, que ficaram 11,90% mais caras e exerceram o maior impacto individual no mês (0,07 p.p.). Em contrapartida, os combustíveis registraram queda de 0,32%, com recuos na gasolina (-0,42%), gás veicular (-0,51%) e óleo diesel (-0,06%).
Pelo sexto mês consecutivo, a alimentação no domicílio registrou deflação (-0,20%), segurando o resultado geral do grupo Alimentação e Bebidas em -0,01%. O consumidor pagou menos pelo tomate (-10,38%), leite longa vida (-4,98%) e arroz (-2,86%). No entanto, as carnes (1,05%) e o óleo de soja (2,95%) ficaram mais caros.
Quedas e dados regionais
A maior queda do mês foi registrada no grupo Artigos de residência (-1,00%), com recuos significativos em eletrodomésticos (-2,44%) e itens de TV, som e informática (-2,28%).
Regionalmente, Goiânia apresentou a maior alta (0,44%), afetada pelos reajustes de energia. A menor variação foi em Aracaju (-0,10%), beneficiada pela queda no preço da gasolina.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, variou 0,03% em novembro. O indicador acumula 3,68% no ano e 4,18% nos últimos 12 meses.

