Da Amazônia para o mundo: o futuro do alumínio de baixo carbono

Na corrida global contra a crise climática, cada tonelada de carbono evitada faz diferença. O alumínio, presente em embalagens, automóveis, aviões e construções, é um dos materiais mais usados no mundo — mas sua produção demanda muita energia. Por isso, desenvolver rotas de produção mais limpas nesse setor é fundamental para que a transição energética avance de forma justa e sustentável.

É nesse contexto que a Hydro, empresa líder em alumínio e energia renovável, vem transformando suas operações no Brasil, especialmente na Amazônia. Da substituição de combustíveis com alta emissão a investimentos em inovação e uso de biomassa, a companhia acelera a descarbonização da cadeia produtiva, reforçando seu compromisso com um futuro mais responsável.

 

Substituição de óleo combustível e ganhos de eficiência

Um dos passos mais significativos dessa jornada ocorreu em Barcarena (PA), onde está a Alunorte, maior refinaria de alumina em planta única do mundo. Em 2024, a planta efetivou a conversão do óleo combustível para gás natural em 13 equipamentos. O impacto foi imediato: 700 mil toneladas de CO₂ a menos por ano, confirmando o potencial transformador da mudança.

O aporte de R$ 1,3 bilhão em infraestrutura e sistemas de segurança garantiu não apenas eficiência operacional, mas também estabilidade para uma planta que completa 30 anos de atividade em 2025.

“A Hydro se comprometeu em reduzir suas emissões e tem se tornado uma referência global. A descarbonização é uma prioridade e já é realidade na Hydro”, afirma Carlos Neves, vice-presidente sênior e COO da Hydro Bauxita & Alumina.

A meta de 2025 já foi cumprida antes mesmo de o ano começar: com a implantação do gás natural e outras iniciativas de descarbonização, a refinaria já diminuiu em 35% suas emissões, o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de poluentes a menos em comparação a 2017. Isso coloca a Alunorte entre as operações mais eficientes do planeta, figurando no grupo das 25% refinarias globais com menor impacto ambiental por tonelada produzida.

 

Eletrificação e integração com matrizes renováveis

O gás natural foi apenas o primeiro passo de uma transformação estrutural. A refinaria também instalou três caldeiras elétricas que substituíram equipamentos que utilizavam carvão, permitindo uma redução adicional de até 550 mil toneladas de CO₂ por ano. Essas unidades funcionam com eletricidade proveniente de empreendimentos de geração renovável, como o Complexo Solar Mendubim, no Rio Grande do Norte, e o Complexo Eólico Ventos de São Zacarias, na divisa de Pernambuco e Piauí.

Juntos, os dois empreendimentos desenvolvidos pela Hydro REIN em parceria com investidores estratégicos produzem quase 1.000 MW de capacidade instalada, dos quais mais da metade é direcionada para a Alunorte. Isso garante que a maior refinaria de alumina do mundo opere hoje com uma matriz energética mais limpa e diversificada, fruto de aportes bilionários.

“A operação do Complexo Eólico Ventos de São Zacarias e sua produção voltada para a Alunorte representa um marco importante em nossa jornada rumo à produção de alumínio de baixo carbono”, afirma Anderson Baranov, CEO da Norsk Hydro Brasil. “Este investimento estratégico em energia renovável, juntamente com nossos contínuos esforços em descarbonização e economia circular, reforça o compromisso da Hydro com um futuro mais sustentável e com a construção de um legado positivo para o Brasil.”

 

Biomassa e inovação a partir dos recursos amazônicos

Além das grandes plantas industriais, a Hydro aposta em soluções inovadoras que valorizam a riqueza regional. Entre elas, a pesquisa sobre o aproveitamento dos caroços de açaí como substituto ao carvão.

Nos últimos três anos, a utilização da biomassa de caroço de açaí permitiu à Alunorte reduzir suas emissões de CO2 em 300 mil toneladas. Essa alternativa alia tecnologia avançada ao uso de resíduos abundantes na Amazônia, abrindo espaço para novas cadeias produtivas, geração de renda e fortalecimento da economia local.

Esse tipo de iniciativa mostra como a empresa atua em diferentes frentes: enquanto investe em projetos de grande porte para sustentar sua operação, também busca integrar saberes e insumos locais, criando valor social e econômico de longo prazo.

 

Uma transição energética justa, com impacto social e ambiental

Para a Hydro, descarbonizar não significa apenas cortar emissões, mas garantir que a transformação seja inclusiva. A empresa destina recursos voluntários para programas de educação, cultura e capacitação, além de seguir rigorosos padrões internacionais que asseguram respeito à biodiversidade e minimização de impactos ambientais.

O Fundo Hydro, fundado em 2019 por Hydro, Albras e Alunorte, já transformou a vida de cerca de 100 mil pessoas, direta ou indiretamente, por meio de parcerias com instituições locais. Essa postura evidencia que o futuro do alumínio sustentável depende de parcerias sólidas entre indústria, sociedade e meio ambiente — e que a Amazônia pode ser protagonista dessa história.

 

Liderança global com raízes na Amazônia

Com metas de cortar 30% das emissões até 2030 e alcançar neutralidade climática até 2050, ou antes, a Hydro demonstra que é possível unir competitividade industrial, inovação tecnológica e responsabilidade socioambiental. No Brasil, especialmente na região amazônica, suas operações já provam que a produção de alumínio de baixo carbono não é promessa distante, mas realidade em andamento.

Ao combinar gás natural, eletrificação de fontes renováveis, biomassa e ações sociais, a empresa mostra que é possível transformar a indústria e, ao mesmo tempo, contribuir para uma transição energética mais justa, essencial para o futuro do país e do planeta.

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