Chuvas irregulares desafiam plantio de arroz e feijão no país; veja a situação por estado

O avanço do plantio de arroz e feijão segue ritmo diferente entre as regiões do país. No Sul, o excesso de umidade dificulta o uso do maquinário, enquanto em partes do Centro-Oeste e Sudeste a chuva começa a favorecer o trabalho em campo.

Arroz

O Rio Grande do Sul, principal estado produtor, tem 38% da área semeada, segundo a Conab. No centro-sul do estado, o tempo mais firme permitiu avanço das operações, enquanto nas regiões norte e centro, a umidade elevada ainda dificulta o uso do maquinário.

“Esses dias nublados reduzem a luminosidade e impactam o desenvolvimento das plantas. Além disso, o excesso de umidade favorece pragas como caramujo e fungos, exigindo atenção redobrada com o manejo fitossanitário”, explica Müller.

Em Santa Catarina, a situação é semelhante: mesmo com boas janelas de plantio, a umidade alta preocupa os produtores. Já em Mato Grosso, Tocantins e Alagoas, o plantio está em início de safra. Maranhão registra apenas 5% da área semeada, e Goiás concentra o trabalho nas áreas irrigadas.

Feijão

Em São Paulo, a semeadura já foi concluída. No Sul do país, o plantio continua, mas a chuva constante ainda atrapalha as operações. Em Minas Gerais, o retorno das precipitações nas últimas semanas tem garantido avanço na porção sul do estado.

No Paraná, há contraste entre regiões: o centro-norte sofre com calor e falta de chuva, enquanto o centro-sul tem excesso de precipitação, o que impede o uso de maquinário. “É um cenário que exige paciência do produtor, porque enquanto uns enfrentam seca, outros lidam com chuva demais”, comenta Müller.

Alertas climáticos

Entre domingo e segunda-feira, um ciclone extratropical deve provocar temporais no Sul e Sudeste, com risco de rajadas de vento acima de 100 km/h, queda de granizo e descargas elétricas. O meteorologista recomenda interromper o trabalho em campo durante esse período.

A partir de terça e quarta-feira, o tempo firma em grande parte do país, permitindo avanço nas operações. No Matopiba, as chuvas devem se regularizar apenas após 20 de outubro, com as primeiras trovoadas marcando o início efetivo do plantio nas áreas de sequeiro.

De modo geral, Müller avalia que o cenário é otimista para as duas culturas, sem risco de geadas tardias e com temperaturas mais amenas favorecendo o desenvolvimento inicial das lavouras.

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