A balança comercial brasileira fechou o mês de novembro com saldo positivo de US$ 5,8 bilhões. Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações somaram US$ 28,5 bilhões, enquanto as importações, US$ 22,7 bilhões. O resultado foi uma corrente de comércio de US$ 51,2 bilhões.
No ano, as exportações do Brasil totalizaram US$ 317,9 bilhões. As importações somaram US$ 259,9 bilhões. Logo, o país registra um superávit anual de US$ 57,8 bilhões e corrente de comércio de US$ 577,8 bilhões. De acordo com dados do MDIC, as vendas ao exterior em novembro aumentaram 2,4% ante ao mesmo mês de 2024. Já a compra de produtos estrangeiros registrou alta de 7,4% também na comparação interanual.
EXPORTAÇÕES
O setor agropecuário registrou um crescimento de US$ 1,2 bilhão no período, equivalente a uma alta de 25,8%. O balanço do MDIC mostra que a alta de exportações do campo foi puxada pela venda de animais vivos, excluindo pescados e crustáceos (aumento de 71,1%), soja (64,6%), algodão em bruto (18,6%) milho não moído, exceto o doce (12,6%) e café não torrado (9,1%).
A indústria de transformação teve aumento de US$ 0,57 bilhões no período, elevação de 3,7%. Colaboraram com o crescimento do setor a comercialização no exterior de produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (alta de 102%), aeronaves e outros equipamentos, incluído suas partes (86,1%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (57,9%), ouro não monetário, excluindo minérios e seus concentrados (37,3%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (19,2%).
Já a indústria extrativa contraiu 14% entre novembro de 2024 e o mesmo mês de 2025. O setor registrou queda de US$ 1,06 bilhão no período.
Na comparação interanual, as exportações brasileiras à China aumentaram US$ 2,4 bilhões, uma elevação de 41%. O continente asiático elevou as compras de produtos do Brasil em 22%. O resultado foi puxado pela comercialização de soja (alta de 76,5%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (22,7%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (68%), minério de ferro e seus concentrados (14,5%) e celulose (38,2%).
Dentre os países com maior contração nas exportações, a comercialização de produtos brasileiros aos Estados Unidos foi o que mais contraiu: US$ 1 bilhão (retração de 28,1%). Segundo o relatório, na América do Norte, as principais mercadorias com queda nas vendas ao continente foram: açúcares e melaços (69,9%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (redução de 65,9%), madeira, parcialmente trabalhada e dormentes de madeira (53,9%), café não torrado (50,4%) e sucos de frutas ou de vegetais (40%). Alguns desses produtos estavam presentes foram afetados pelas tarifas norte-americanas contra insumos do Brasil.
IMPORTAÇÕES
O MDIC apresentou no relatório que as compras em indústria extrativa caíram US$ 0,21 bilhões, equivalente a 18,1%. A aquisição de produtos em agropecuária registraram queda de US$ 0,02 bilhões (contração de 5,4%). Já a importação de produtos em indústria de transformação aumentaram US$ 1,8 bilhão (alta de 9,3%), puxadas por máquinas de processamento automático de dados e suas unidades para registrar dados, leitores magnéticos ou óticos (crescimento de R$ 115,3%), óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (crescimento de 63,7%), motores e máquinas não elétricos e suas partes, excluindo motores de pistão e geradores (46,4%), outros medicamentos, incluindo veterinários (37,4%) e medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (30,6%)

