O Festival Internacional de Animação de Pernambuco (Animage), celebra, este ano, 15 anos de história, com direito a programação recheada de produções indicadas ao Oscar e a Mostra Vozes Palestinas, que reúne produções da Palestina, Europa e Catar para abordar temas como resistência, perda, identidade e memória coletiva, evidenciando a animação como importante linguagem de denúncia e poesia.
De 7 a 12 de outubro, o evento reúne na programação 134 filmes de 51 países em espaços históricos de Recife.
“Os 15 anos consolidam o festival como uma vitrine da animação nacional e internacional. A diversidade está no centro dessa trajetória, assim como o compromisso em formar novos públicos e criadores, que faz do Animage não apenas um festival de exibição, mas um espaço de troca e desenvolvimento da arte da animação”, observa Gutie, diretor do Animage.
A Mostra Palestina ganha um espaço exclusivo na programação. A seleção é resultado de uma parceria entre a curadoria do festival, o egípcio Animatex e o projeto “Para Gaza Com Amor”.
Também fazem parte da programação a Mostra Erótica, com foco no autoconhecimento do corpo e na saúde mental; a Mostra Fabian&Fred, dedicada à produtora alemã com a presença do diretor Frédéric Schuld; a Mostra Sardinha em Lata, da consagrada produtora portuguesa, representada por Nuno Beato; Mostra Africana, com títulos inéditos como “Ambouba” (Tunísia) e pela primeira vez obras de Cabo Verde, Angola e Moçambique; Mostra Retrospectiva 15 anos, que revisita a própria história do festival, reunindo títulos como “Ice Merchants” e “Bestia”, ambos indicados ao Oscar; e, por fim, a Mostra Parque, que leva sessões ao ar livre para espaços públicos da cidade.
Entre os longas-metragens, destacam-se “Arco”, do francês Ugo Bienvenu, exibido em Cannes e apontado como um dos fortes candidatos ao Oscar 2026; “lória e Liberdade”, de Letícia Simões, que reinventa as revoltas separatistas do século 19 em um Brasil fragmentado; “A Sapatona Galáctica”, vencedor na Berlinale; e “Olívia & as Nuvens”, reconhecido em Locarno e Ottawa.
No cinema brasileiro, além de “Glória e Liberdade”, 26 curta-metragens foram selecionados para a programação, entre eles “Safo”, de Rosana Urbes e “Como Nasce um Rio”, exibido em Tribeca sob curadoria de Whoopi Goldberg.
“Acho que a programação como um todo sintetiza a essência do Animage construída ao longo desses anos e reforça sua identidade original. O conteúdo dos filmes combina visões sobre o futuro e pesquisas históricas sobre o passado, com muita criatividade artística, elementos políticos e alegorias visuais que só o cinema de animação é capaz de proporcionar”, comenta Júlio Cavani, um dos curadores do festival.
Detalhes da programação podem ser conferidos nos canais oficiais de comunicação da Animage.
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