Adultização: 8 em cada 10 brasileiros apoiam regras para proteger crianças

Uma pesquisa inédita do Projeto Brief mostra que 80% dos brasileiros defendem a criação de regras para proteger crianças e adolescentes nas redes sociais.

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (11), ouviu 1.800 pais e mães e revela um consenso: a necessidade de regulamentação é apoiada por diferentes grupos políticos — incluindo 73% dos eleitores de Bolsonaro e 90% dos de Lula.

Intitulada “120 dias depois do viral do Felca: o retrato da Adultização no Brasil”, a pesquisa apurou opiniões sobre o apoio à regulamentação das redes para assegurar um ambiente digital seguro para menores.

Uso precoce

Segundo a pesquisa, 77% das crianças e adolescentes já têm celular próprio e 73% têm ao menos uma rede social ativa.

  • 53% passam mais de 3 horas por dia online;
  • 35% postam conteúdos sozinhos, sem supervisão.

O levantamento aponta que a maioria dos pais não sabe usar ferramentas de controle parental: só 37% dominam o recurso, enquanto 18% nunca ouviram falar dele.

Adultização: o que significa e o que causou a polêmica; entenda

Os pais também relatam ansiedade, irritabilidade, dificuldade de foco ou tristeza nos filhos devido ao uso excessivo de telas. Entre meninas de 13 a 15 anos, 16% dizem já ter sofrido assédio, ataque direto ou abuso digital.

Responsabilidade compartilhada

Para os entrevistados, garantir a segurança digital de crianças é uma tarefa dividida:

  • Pais e mães – 82%;
  • Plataformas – 76%;
  • Governo – 61%;
  • Influenciadores – 37%;
  • Escolas – 32%.

ECA Digital ainda é desconhecido

Mesmo após a aprovação de leis como o ECA Digital, que aumenta a proteção de crianças e adolescentes na internet, o termo ainda é pouco compreendido: apenas 36% já ouviram falar do ECA Digital.

Assim como a pesquisa, a tramitação do “ECA Digital” acontece após o influenciador Felipe Bressanim Pereira, o Felca, publicar um vídeo expondo casos como o de Hytalo Santos, que explorava a imagem sexualizada de crianças e adolescentes nas redes sociais.

A pesquisattambém testou medidas de proteção. As mais aprovadas são: Identidade verificada de usuários (72%), Relatórios de uso para os pais (63%), Limitar comentários para menores (54%) e Limitar tempo de uso (46%).

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