Polícia retira à força Glauber da Mesa Diretora da Câmara

A Polícia Legislativa retirou à força o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9).

O parlamentar ocupava a cadeira da presidência em protesto contra o anúncio feito mais cedo pelo presidente da Câmara dos Deputados,  Hugo Motta (Republicanos-PB), que informou que analisaria um pedido de cassação do mandato de Braga, acusado de agressão a um manifestante dentro da Casa.

Após ser retirado a força, ele foi conduzido por outros parlamentares até o salão verde. Aparentando desgate e cansaço o  parlamentar precisou ser amparado.

Mais cedo, o deputado havia afirmado que manteria sua posição até o fim da disputa. “Se o presidente da Câmara quiser tomar uma atitude diferente daquela que ele tomou com os golpistas que ocuparam essa Mesa Diretora e que até hoje não tiveram qualquer punição, essa é uma responsabilidade dele. Eu ficarei aqui até o limite das minhas forças”, declarou Braga.

Motta anunciou que levaria ao plenário, a partir desta quarta-feira (10), os processos envolvendo os deputados Carla Zambelli (PL-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ) — ambos já condenados pelo STF — e também o de Glauber Braga. O anúncio ocorreu após reunião de líderes partidários no mesmo dia em que o presidente da Câmara prometeu pautar o projeto de lei que reduz penas para envolvidos nos atos golpistas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No momento em que Glauber assumiu a mesa, os deputados estavam na primeira fase da sessão que poderia avançar na votação do PL. Após a ocupação, seguranças esvaziaram o plenário e a TV Câmara interrompeu a transmissão.

Após o ocorrido, Braga disse que solidarizava  “com a imprensa que também foi agredida e que teve seu trabalho cercado. Estou aqui há algum tempo e eu até hoje não tinha ouvido falar de cortarem o sinal da TV Câmara para que as pessoas não acompanhassem o que estava acontecendo”.

[Em atualização]

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