Arroba do boi gordo deve ter novas altas graças aos EUA e à demanda interna

boiada, carne orgânica do Pantanal, boi

O mercado brasileiro do boi gordo foi pautado por preços sustentados no Brasil, de estáveis a mais altos, ao longo desta semana, em meio à expectativa de uma demanda aquecida no mês de dezembro.

O analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias sinaliza que o período marca o auge do consumo interno, somado à expectativa de uma ótima demanda por parte dos Estados Unidos após a derrubada da sobretaxa de 40% às exportações brasileiras.

Para o especialista, essas variáveis são os principais fatores que motivam a elevação dos preços da arroba do boi gordo, mesmo que isso ocorra de maneira comedida. “É importante lembrar que o ano ainda é pautado por grande disponibilidade de animais para o abate, o que funciona como um limitador para altas mais contundentes”, pondera.

Preços médios do boi gordo

Os valores do boi gordo, na modalidade a prazo, estavam assim no dia 4 de dezembro:

  • São Paulo (Capital): R$ 325, estável em relação ao valor praticado no último final de semana;
  • Goiás (Goiânia): R$ 320, alta de 1,59% frente aos R$ 315 praticados no encerramento da semana passada;
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 320, avanço de 1,59% ante aos R$ 315 do fechamento anterior;
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, inalterado frente à última semana;
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 300, sem alterações ante a semana passada;
  • Rondônia (Vilhena): R$ 280, sem mudanças frente ao final da última semana.

Mercado atacadista

O analista de Safras & Mercado comenta que o mercado atacadista apresentou preços mistos ao longo da semana, muito embora o ambiente de negócios ainda indique a possibilidade de reajustes de preços no curto prazo, em especial para os cortes do traseiro.

“Esses cortes são muito demandados nesta época do ano, considerando o impacto da entrada do 13º terceiro salário, criação dos postos temporários de emprego e confraternizações inerentes ao período”, disse.

  • Quarto do traseiro: cotado a R$ 26 o quilo, avanço de 1,96% ante o valor praticado na semana passada, de R$ 25,50;
  • Quarto do dianteiro: vendido por R$ 18,50 o quilo, recuo de 2,63% em relação aos R$ 19 registrados no final da semana passada.

Exportações de carne bovina

carne bovina - exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,754 bilhão em novembro (19 dias úteis), com média diária de US$ 92,343 milhões, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chegou a 318,493 mil toneladas, com média diária de 16,762 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.508,80.

Em relação a novembro de 2024, houve alta de 57,9% no valor médio diário da exportação, ganho de 39,6% na quantidade média diária exportada e avanço de 13,1% no preço médio.

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