Com gritos de “anistia já”, Tarcísio pressiona Hugo Motta na Paulista

Durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez uma defesa enfática da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e cobrou diretamente o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que paute o projeto no plenário.

“Qual o recado que a gente vai dar para o Hugo Motta?”, perguntou Tarcísio, enquanto os presentes gritavam “anistia já”. Em seguida, ele afirmou: “Presidente de Casa nenhuma pode conter a maioria da vontade do Plenário, de mais de 350 parlamentares. Então, Hugo: paute a anistia. Deixe a Casa decidir — e tenho certeza que ele vai fazer isso”.

 

O governador também criticou o processo contra Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, classificando-o como frágil e baseado em uma delação “mentirosa”. “Se toda a trama, todo o enredo, narrativa, foi construída em cima de uma delação mentirosa, e não tem uma ordem, um texto, um áudio, vinculando o Bolsonaro ao 8 de Janeiro… é tudo muito frágil e tênue”, disse. “Só há uma forma de resolver isso: anistia já, e anistia ampla.”

Tarcísio reforçou o apoio ao ex-presidente e defendeu sua participação nas eleições: “Deixa o Bolsonaro ir para a urna. Qual o problema? Ele é nosso candidato e, indo para a urna, vai vencer a eleição.”

Em tom crítico ao Judiciário, o governador afirmou: “Não vamos aceitar a imposição de um poder sobre o outro. É isso que precisamos fazer, defender. Chega do abuso.” E completou: “Não vamos aceitar nenhum ditador dizendo o que temos que fazer”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.

Ao justificar a proposta de anistia, Tarcísio resgatou a história política brasileira: “O PT só existe por causa da anistia. Por que não dar anistia agora?”. A anistia de 1979, citada por Tarcísio, foi aprovada durante o governo João Figueiredo e marcou um passo importante na transição da ditadura militar para a democracia.

A medida perdoou crimes políticos cometidos por opositores do regime e também por agentes do Estado, permitindo o retorno de exilados e a reorganização de partidos como o PT, fundado no ano seguinte. O paralelo feito pelo governador busca legitimar a proposta atual como parte de um processo de reconciliação nacional.

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