Em pronunciamento, Lula critica “traidores da pátria” por “ataques” ao país

Em pronunciamento à nação neste sábado (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “inadmissível” que “alguns políticos brasileiros” – sem citar nomes – estejam estimulando “ataques ao Brasil”.

“Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la. É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar para o povo brasileiro, mas defendem seus interesses pessoais”, declarou.

“São traidores da pátria e a história não os perdoará.”

O pronunciamento do presidente Lula ocorreu na noite de véspera do feriado de 7 de Setembro, quando o Brasil celebra os 203 anos da declaração de Independência do país em relação a Portugal.

A declaração também acontece em meio ao imbróglio comercial com os Estados Unidos, país este que taxou parte das exportações brasileiras em 50%, após alegações de práticas comerciais desleais.

O processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo que seria um plano de golpe contra o resultado da eleição de 2022, também é citado pelo governo de Donald Trump como uma das justificativas para as tarifas. Segundo o líder americano, Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas”.

Apesar de não citar nomes dos possíveis “traidores da pátria”, a caracterização já foi feita pelo chefe do Executivo para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Em agosto, Lula chamou o filho de seu antecessor de “traidor” e defendeu a “expulsão” do parlamentar na Câmara.

Eduardo se encontra no país norte-americano deste o início do ano. Ele alega sofrer perseguições por parte do Poder Judiciário e afirma buscar sensibilizar o governo Trump para a aplicação de sanções contra Moraes.

Em agosto, Eduardo foi indiciado junto ao pai pela PF (Polícia Federal) por supostamente atuar no exterior para obstruir o avanço do processo no STF sobre o plano de golpe.

A PF indiciou pai e filho pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.

Ainda no discurso à nação em comemoração ao 7 de setembro, Lula voltou a defender a regulação das plataformas digitais, o Pix e fez outras declarações em relação à soberania nacional.

“Mais de 200 anos se passaram e nos tornamos soberanos. Não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro. Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitamos ordens de quem quer que seja”, afirmou o presidente.

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